
Numa terra longínqua, do lado da terra do nunca, perto do rancho do Michael Jackson tinha um feudo cheio de plantas, jardins, gente, pessoas e bichos que viviam tranqüilamente antes das cruzadas das atribuições em busca da terra prometida. Nessa terra tinha um pé de feijão onde se fazia uma sombra enorme!. E a Sombra escondia Tudo a sete chaves dentro de um armário. O Tudo tinha um baú, que vivia escondido por causa de Cote.
Cote era um boi, que queria se casar com a dona baratinha; que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha. Era também amigo de teacher, das formigas e das cigarras. As formigas trabalhavam e as cigarras cantavam.
As cigarras eram artistas e perambulavam pela vila impacientes com o sistema. Enquanto as formigas trabalhavam duro, cheias de papel para dar conta dos resultados que teriam que alcançar.
O Bumba era o nome dado a educação que as pessoas obtinham no vilarejo onde Cote, o boi, morava e também tomava de conta do Bumba.
O Bumba era feito da língua de Cote. Quando Cote falava o Bumba crescia e as formigas ajudavam a cuidar do Bumba.
As cigarras tinham que enfeitar o bumba com balangandãs para fazerem festas. Nas festas todos participavam, o Bumba, o boi, as formigas, as cigarras, e as pessoas. Todos trabalhavam para a festa, mas as cigarras queriam cantar e Cote queria um dado, e esse dado era feito de papel e de língua de boi. E Cote era boi! As cigarras queriam que Cote desse um pouco de sua língua para a festa, mas Cote não queria gastar nem papel, nem língua. As formigas trabalhavam e cumpriam suas funções, menos Cote e as cigarras.
Então as cigarras revoltadas com Cote por que não deixavam usar sua língua começaram a trabalhar com as formigas, assim faltou música, porque a cigarra não quis cantar. E faltando música, faltou também papel, porque não teve festa e a festa era quem enfeitava o bumba. Sem o bumba ninguém aprendia nada, porque no vilarejo o bumba era a educação. As formigas e as pessoas revoltadas começaram a cantar o bumba meu boi como resposta ao boicote de Cote.
E assim acontecia a primeira revolução cultural, folclórica e popular no vilarejo de Cote, do Tudo e da Sombra na Idade Média.
DANÇA DO BUMBA-MEU-BOI
A origem do auto do Bumba-meu-boi remonta ao século XVIII, auge do ciclo de gado. Encenada em tons de sátira e de tragédia, a dança do boi e do homem simboliza o contraste entre a inteligência e a força bruta, com personagens alegóricos, enfeitados de adereços e em incidentes cômicos e dramáticos, mas de desfechos alegres. A dança é uma invocação crítica aos desníveis sócio-econômicos entre vaqueiro e patrão e tem influência das culturas indígena, africana e portuguesa.
Espécie de ópera popular, o bumba-meu-boi conta a história de um fazendeiro muito rico dono de um boi muito bonito, que sabia até dançar. Pai Chico, um empregado da fazenda, rouba o boi para satisfazer os desejos de Catirina, sua mulher grávida. O fazendeiro manda os vaqueiros e os índios procurarem o boi. O animal é encontrado doente, mas é curado pelos pajés. Ao saber do motivo do roubo, o fazendeiro perdoa Pai Chico e Catirina, encerrando a representação com uma grande festa. Isso é uma peça teatral e crendice popular de região contada por moradores.
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