sábado, 30 de outubro de 2010

Abre a porta Maria!


Maria lavou os pés, lavou as mãos e foi se deitar... Já era tarde e cansou de esperar.

No meio da floresta havia um casebre onde morava uma bela moça chamada Maria. Ela vivia esperando o seu grande amado que partira sem dá notícias de uma hora para outra.

Tudo ficava longe para Maria, sem noticia, sem parentes e a única companhia de Maria era seu cachorro pequeno, que de tanto convívio, parecia que falava telepaticamente com Maria.

Ás vezes, durante a noite Maria sempre recebia uma visita assustadora com voz tremula que batia a sua porta e fazia a pergunta:

- Maria?

-abra porta Maria!

E seu fiel cachorro antes mesmo que Maria acordasse anunciava:

Maria lavou os pés, lavou as mãos e foi se deitar.

Depois de muitas noites Maria percebeu que alguém visitava sua casa e era impedido de entrar.

Maria irritada já não estava gostando das antecipações de seu amigo e começou a questionar.

E se fosse seu amado agoniando e tentando fazer um contato.

Maria passou então a dormir mais tarde para que seu cachorro não tivesse chance de responder e Maria conseguir fazer pelo menos um contato.

Numa dessas noites enluarada o ventou soprou novamente e dessa vez assustadoramente. Seu cachorrinho assustado correu rapidamente ficou atrás da porta.

De repente ouve-se batidas.

E a voz novamente:

- Maria?

- abre a porta Maria!

Antes que Maria respondesse o cachorro falou:

- Maria lavou os pés, lavou as mãos, e foi se deitar...

Irritada, Maria começou a gritar com seu cachorro. Precisava agir para que ele não interrompesse mais as investida que ocorriam nas noites de luar.

E se fosse seu amado de volta? E se fosse um príncipe?!

Poderia ser alguém que fosse salvá-la daquela solidão.

Então desesperada amarrou seu cachorro e deixou-o de castigo por alguns dias. Quem sabe assim ele aprendia e quando a chamassem de novo ele não poderia interromper sua aproximação de alguém que poderia lhe tirar daquela solidão e daquele lugar horrível.

Passaram-se alguns dias e novamente ao cair da noite, e já tarde, o vento começa a soprar.

Maria, desta vez atenta, ficou perto da porta.

E a voz pergunta:

- Maria?

- abre a porta Maria!

E antes que Maria respondesse o cachorro, mesmo amarrado, dá um uivo estremecedor atrapalhando Maria e responde ofegante:

- Maria lavou os pés, lavou as mãos e foi se deitar!

E o vulto novamente vai embora deixando Maria em paz.

Maria em estado de fúria mata o cachorro e o enterra no quintal.

E fala pra se mesma:

- agora quero vê quem vai me atrapalhar!

Passado alguns dias e ao cair da noite Maria ansiosa espera a voz que tanto a procura.

Quando o vento sopra a porta recebe as pancadas e a pergunta é feita:

- Maria?

- abre a porta Maria!

E antes que Maria respondesse lá de fora veio uma voz:

- Maria lavou os pés, lavou as mãos e foi se deitar.

E o vulto sombrio afastar-se e vai embora novamente.

Maria desesperada xinga o cachorro de tudo que é nome. E no outro dia desenterra os ossos do quintal e queima-os deixando só as cinzas espalhadas pelo chão perto do jardim.

A noite cai e Maria mais que ansiosa a esperar pela voz que a chama novamente:

- Maria?

- abre a porta Maria!

Maria entrou em estado de choque, se atrapalha, e demora a responder.

E do quintal as cinzas respondem:

- Maria lavou os pés, lavou as mãos e foi se deitar.

O vulto vai embora novamente.

Maria sem entender mais nada começou a se lamentar e rogar praga sobre o cachorro que a protegia.

De repente o vento sopra e levar embora as cinzas pra bem longe da casa de Maria. Livrando-a de vez daquela proteção excessiva.

Passados alguns dias Maria conformada com a situação de abandono nem lembrava mais do cachorro nem do pretendente que a vinha buscar durante as noites enluaradas.

E no meio da noite escuta uma voz longe. E a porta a bater:

- Maria?

- abre a porta Maria!

Assustada e nervosa corre a porta e espera bater novamente pra ter certeza que não era apenas um sonho. E a voz a chama:

- Maria?

- abre a porta Maria!

Maria abre e se assusta! Um monstro horrível veio lhe matar.

O vento havia levado as cinzas obedecendo a seus pedidos e lamentos.

E sua proteção que sempre a defendia já não existia mais.

O seu anjo da guarda em forma de cachorro havia partido pra sempre.



sábado, 21 de agosto de 2010

Lendas e mitos de Cote, o boi, na época medieval ( A Resposta )






Numa terra longínqua, do lado da terra do nunca, perto do rancho do Michael Jackson tinha um feudo cheio de plantas, jardins, gente, pessoas e bichos que viviam tranqüilamente antes das cruzadas das atribuições em busca da terra prometida. Nessa terra tinha um pé de feijão onde se fazia uma sombra enorme!. E a Sombra escondia Tudo a sete chaves dentro de um armário. O Tudo tinha um baú, que vivia escondido por causa de Cote.
Cote era um boi, que queria se casar com a dona baratinha; que tem fita no cabelo e dinheiro na caixinha. Era também amigo de teacher, das formigas e das cigarras. As formigas trabalhavam e as cigarras cantavam.
As cigarras eram artistas e perambulavam pela vila impacientes com o sistema. Enquanto as formigas trabalhavam duro, cheias de papel para dar conta dos resultados que teriam que alcançar.
O Bumba era o nome dado a educação que as pessoas obtinham no vilarejo onde Cote, o boi, morava e também tomava de conta do Bumba.
O Bumba era feito da língua de Cote. Quando Cote falava o Bumba crescia e as formigas ajudavam a cuidar do Bumba.
As cigarras tinham que enfeitar o bumba com balangandãs para fazerem festas. Nas festas todos participavam, o Bumba, o boi, as formigas, as cigarras, e as pessoas. Todos trabalhavam para a festa, mas as cigarras queriam cantar e Cote queria um dado, e esse dado era feito de papel e de língua de boi. E Cote era boi! As cigarras queriam que Cote desse um pouco de sua língua para a festa, mas Cote não queria gastar nem papel, nem língua. As formigas trabalhavam e cumpriam suas funções, menos Cote e as cigarras.
Então as cigarras revoltadas com Cote por que não deixavam usar sua língua começaram a trabalhar com as formigas, assim faltou música, porque a cigarra não quis cantar. E faltando música, faltou também papel, porque não teve festa e a festa era quem enfeitava o bumba. Sem o bumba ninguém aprendia nada, porque no vilarejo o bumba era a educação. As formigas e as pessoas revoltadas começaram a cantar o bumba meu boi como resposta ao boicote de Cote.
E assim acontecia a primeira revolução cultural, folclórica e popular no vilarejo de Cote, do Tudo e da Sombra na Idade Média.







DANÇA DO BUMBA-MEU-BOI

A origem do auto do Bumba-meu-boi remonta ao século XVIII, auge do ciclo de gado. Encenada em tons de sátira e de tragédia, a dança do boi e do homem simboliza o contraste entre a inteligência e a força bruta, com personagens alegóricos, enfeitados de adereços e em incidentes cômicos e dramáticos, mas de desfechos alegres. A dança é uma invocação crítica aos desníveis sócio-econômicos entre vaqueiro e patrão e tem influência das culturas indígena, africana e portuguesa.
Espécie de ópera popular, o bumba-meu-boi conta a história de um fazendeiro muito rico dono de um boi muito bonito, que sabia até dançar. Pai Chico, um empregado da fazenda, rouba o boi para satisfazer os desejos de Catirina, sua mulher grávida. O fazendeiro manda os vaqueiros e os índios procurarem o boi. O animal é encontrado doente, mas é curado pelos pajés. Ao saber do motivo do roubo, o fazendeiro perdoa Pai Chico e Catirina, encerrando a representação com uma grande festa. Isso é uma peça teatral e crendice popular de região contada por moradores.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A Balaios deu pausa pra pensar.










Nas Férias há mais Filosofia numa garrafa de vinho
do que nos livros.